Comissionada por um casal jovem com três crianças e construída em um dos poucos lotes vazios que restaram em um bairro central da cidade de São Paulo, a casa procura coexistir com o terreno original de modo a se transformar em casa de campo nos finais de semana e nas horas de lazer.
A ideia foi construir uma casa que ficasse sob e não sobre o verde do jardim. Para isso uma casca de concreto armado suspende uma espessa camada de substrato onde é possível plantar árvores de médio porte. Sob essa estrutura acolhe-se o programa da casa: bloco de serviço, estar e dormitórios, enquanto acima dela configuram-se os ambientes de lazer: churrasqueira, brinquedos infantis e sauna, aproveitando a vista do bairro arborizado.
Mais do que ecologicamente correta ou sustentável, essa casa, com sua projeção 100% vegetalizada, acaba exercendo também um papel importante para a constituição de uma boa vizinhança, em uma cidade aonde isso não é comum.
(Seria interessante imaginar um bairro ou cidade em que todas as casas se pautassem por esses parâmetros)
Autores: Pablo Alvarenga, Manoel Maia, Adriana Zampieri e Daniel Semião
Equipe: Daniel Semião, Beatriz Souza, Jaime Solares
Interiores: Proprietários
Fotografia: Maíra Acayaba
Engenharia Estrutural: Benedictis Engenharia
Construtores: Engeark





